
Quando eu tinha aproximadamente quatro anos, ver os desenhos eram um dos meus momentos preferidos.
Sentava-me na poltrona da sala e rapidamente entrava no meu mundo de fantasia.
Era um momento de absoluto êxtase. Eu via estrelinhas por toda parte, eram bolinhas brilhantes que eu acreditava que todo mundo via.
Quando estava lá, em algum momento, começava a sentir minha língua amortecida e gigante. Eu sentia um relaxamento profundo, e não sentia mais meu corpo, nem a poltrona em que eu estava sentada. Eu amava .O mundo se esvaia. Nada mais existia, só aquele momento, toda aquela sensação de sentir o mundo inteiro, mas não tinha ideia do que anos mais tarde eu descobriria: Eu tinha epilepsia. De um tipo diferente, que os médicos chamam de parcial complexa.
Hoje, depois de anos de sofrimento, porque a gostosura daquelas primeiras experiências extra-corpo modificaram e outros tipos de crises surgiram, que não eram tão confortáveis e que me levaram a uma peregrinação em médicos e tipos alternativos de tratamentos.
Estou abordando e quero falar sobre esse assunto porque sei que há muita ignorância e preconceito sobre essa condição.
Muitas pesquisas estão sendo feitas e muito se modificou desde a minha infância, mas a mente humana ainda é um grande mistério.
Estudei muito durante boa parte da minha vida, porque não achava respostas adequadas e satisfatórias e durante esse processo de busca, aprendi a lidar com mais naturalidade e também a ver tudo sobre outro prisma. A espiritualidade tem muito peso nessa questão.
Uma das pessoas que mais admiro e que foi crucial para mim é o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, pesquisador da USP, e que tem um trabalho magnífico sobre a glândula pineal e outros assuntos que abordam a o funcionamento da nossa cabeça!
No próximo post, segue o vídeo, com a palestra do mesmo, que pode ser visto no youtube, além de outras palestras com outros assuntos, também muito bons e esclarecedores.
Sua abordagem não é rígida e segue um fluxo que acredito inevitável para os que querem entender as perguntas mais profundas que todos temos, em algum momento e de várias maneiras.
Estou a disposição para falar sobre o assunto.
Paz e Luz!
Magda.
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