Quando penso na junção de amor e espiritualidade, tento achar como separá-las, mas não consigo!
Acredito, que ambos estão unidos em sua criação.
Falamos de amor, e às vezes, nos sentimos absurdamente corretos em nossas afirmações, mas normalmente, nos perdemos para falar do sentimento mais essencial e especial do mundo.
Nos deparamos com o amor em todas as suas várias versões, e acreditamos que não estamos falando de espiritualidade.
Mas, quando me propus a escrever neste blog, minha ideia sobre a ligação direta com a espiritualidade, pensava exatamente nisso, em como isso é simples! E a maneira mais simples é com amor. Podemos conhecer todos os conceitos, e todas as leis, e estou tentando falar delas também, mas sem amor, nada disso faz sentido, de verdade.
Poderia descrever mais sobre o assunto, mas quero muito dividir com os visitantes um texto que eu simplesmente amo. Está comigo há anos, e leio com frequência, sério! O autor, acredito, é pouco conhecido da grande maioria, apesar, de partes do seus texto ter sido usado, inclusive em músicas.
Vamos conhecer um pouco desse homem maravilhoso e seu brilhante pensamento!
Henry Drummond
Nasceu em Stirling, na Grã Bretanha, em 1851. Filho de comerciantes de classe média, decidiu largar tudo e ir percorrer o mundo em busca do verdadeiro sentido da vida. Aos 22 anos, impressionado com os movimentos espirituais que sacudiam a Escócia, começou a pregar em pequenas comunidades, e chamou logo a atenção dos grandes religiosos da época. Mais tarde, viajou para os Estados Unidos (1879) e África Central (1883-84).
Embora sempre convidado para participar do Clero, Henry recusou-se sistematicamente, preferindo dedicar-se ao ensino de "Ciências Naturais" em Glasglow.
O DOM SUPREMO, seu mais importante trabalho, foi publicado pela primeira vez em 1890.
Morreu jovem, aos 43 anos, depois de se tornar conhecido em vários países do mundo com seu inesquecível sermão sobre um trecho da epístola de São Paulo aos Coríntios:
"
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada serei.
E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais acaba.
Mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará.
Porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos.
Quando, porém, vier o que é perfeito, o que então é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como um menino, sentia como um menino. Quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.
Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, e então veremos face a face; agora conheço em parte, e então conhecerei como sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança, e o Amor.
Estes três porém, o maior deles é o Amor.
Onde existe amor, existe o ser humano, e existe Deus. Aquele que se alegra no amor, se alegra em Deus.
Deus é Amor. Portanto: AME!
O Amor nunca falha, e a vida não falhará enquanto houver Amor.
Seja qual for sua crença, ou sua fé, busque primeiro o Amor. Ele está aqui, existindo agora, neste momento. O pior destino que um homem pode ter é viver e morrer sozinho, sem amor e sem ser amado. O poder da vontade não transforma o homem. O tempo não transforma o homem. O amor transforma.
MELHOR NÃO VIVER QUE NÃO AMAR !
Este deve ser nosso objetivo no mundo: aprender a amar.
A vida nos oferece milhares de oportunidade para aprender a amar. Todo homem e toda mulher, em todos os dias de suas vidas, têm sempre uma boa oportunidade de entregar-se ao Amor. A vida não é um longo feriado, mas um constante aprendizado.
E a mais importante lição que temos é: aprender a amar.
Amar cada vez melhor.
O que faz do homem um grande artista, um grande escritor, um grande músico?
Prática.
O que faz do homem um grande homem? Prática. Nada mais.
O crescimento espiritual aplica as mesmas leis usadas pelo corpo e pela alma. Se um homem não exercita seu braço, jamais terá músculos. Se não exercitar sua alma, jamais terá fortaleza de caráter, nem ideias, nem a beleza do crescimento espiritual.
O amor não é um momento de entusiasmo. O amor é uma rica, forte e generosa expressão de nossas vidas, a personalidade do homem em seu mais completo desenvolvimento. E, para construir isto, precisamos de uma prática constante.
O que fazia Cristo na carpintaria? Praticava.
Embora perfeito, aprendia. Todos nós já lemos sobre isto. E assim ele crescia em sabedoria, para Deus e para os homens.
Procure ver o mundo como um grande aprendizado de Amor, e não fique lutando contra aquilo que acontece em sua vida. Não reclame por precisar estar sempre atento, ser obrigado a viver em ambientes mesquinhos, cruzando com almas pouco desenvolvidas.
Esta foi a maneira que Deus encontrou para você praticar.
E não se assuste com as tentações. Não se surpreenda com o fato de elas estarem sempre à sua volta, e não se afastarem, apesar de tanto esforço e tanta prece. É desta maneira que Deus trabalha sua alma.
Não afaste a mão que esculpe sua imagem.
Eu vivi por mim mesmo, pensei por mim mesmo, por mim mesmo, ninguém mais; como se Jesus jamais tivesse vivido, como se Ele jamais tivesse morrido.
Quem é Cristo?
É aquele que alimentou os pobres, vestiu os nus, e visitou os doentes.
Onde está Cristo?
Todo aquele que recebeu uma criancinha destas em seu nome, também o recebe.
E quem está com Cristo?
AQUELE QUE AMA.
"
Paz e luz!
Magda.
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