domingo, 24 de agosto de 2014

Discorrendo sobre o amor... não tão sutilmente! (parte 2)

Voltamos a falar do amor pé no chão, e como o assunto é extenso, resolvi dividir em partes.

Retomamos ao amor por si mesmo e não o contrário.

E a certeza de que não falta ninguém em nossa vida, além de nós mesmos!

Nós achamos que quando estamos nos relacionamentos,  o outro é nosso tudo, e que nós somos o tudo da outra pessoa. 

Na verdade, você é seu tudo e o outro é o tudo dele!

Dois inteiros!

Acreditamos no conceito da fidelidade, mas não temos maturidade pra fazê-lo. Essa é uma questão muito delicada, mas deve ser revista.

Mas, o que vemos, é que as pessoas nunca são totalmente sinceras.

Somente fazemos tipo. Não é de dentro pra fora.

Não estou culpando ninguém.

Estou nessa também.

A sociedade é assim, porque temos a ideia de que se nos abrirmos inteiros, não vamos ser aceitos, então medimos tudo, para o que achamos que será bem aceito.

Isso é cultural!!!

Não tivemos educação para a "verdade verdadeira", tivemos educação para mostrar para a sociedade, e estamos conformados que pouco podemos mostrar. 

Não podemos ser autênticos, e nem criar os laços dessa liberdade, porque tememos a verdade.
Nem fomos criados para falar a verdade absoluta.

Tudo tem medida, porque as pessoas reagem mal quando somos absolutamente verdadeiros, porque quando a dizemos, somos considerados cruéis, frios.

Isso torna nossos relacionamentos muitos frágeis, e os laços ternos não suportam essa fragilidade.

Onde podemos criar grandes laços? 

De amizade ou de amor? 

Onde podemos ser muito verdadeiros? 

Certamente, onde podemos ter a certeza de dizer toda a verdade e sermos aceitos. 

Quando fugimos de nós, a vida nos traz de volta.

Nos mostra que qualquer coisa pode acabar com tudo.

É um elo fraco. 

O espaço intimo, é mais forte do que o amor em ilusão, é onde somos completos, sem julgamentos.

Isso é maravilhoso! É o verdadeiro aconchego.

Se pensarmos na amizade, vemos que há espaço possível de intimidade, do quanto posso me abrir.

Por isso, existem amizades longas e bacanas,  sem julgamentos e expectativas loucas!

Somos humanos, com muitos lados, incoerências, tudo junto e misturado.

Loucura e sanidade.

Em constante movimento.

Cada um de nós é um universo.

E o outro é um universo.

Se estamos com o outro temos que perceber que nunca vamos o entender totalmente, apenas podemos aceita-lo.

O amor verdadeiro, é o quanto podemos ser verdadeiros, inteiros!


Paz e luz!


Magda Bianconi


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